Representantes estão preocupados com a quantidade de pessoas vivendo na Av. 9 de Abril
A situação é pior nos comércios localizados no trecho entre a Rua São Paulo e Rua Ceará
A Associação Comercial e Industrial de Cubatão (ACIC) está preocupada com os moradores em situação de rua na cidade, que estão concentrados em uma das principais avenidas da cidade, a 9 de Abril, principalmente no trecho entre a Rua São Paulo e Rua Ceará.
Eles estão alojados e dormem em frente aos vários empreendimentos comerciais da avenida e, quando o dia amanhece, espalham seus colchões, roupas e até guarda roupa nas calçadas da via.
Na hora do almoço, vão ao Bom Prato (restaurante popular que oferece refeições diárias a pessoas em situação de vulnerabilidade social), pegam a comida e muitos retornam à avenida para comer. E assim levam a vida.
Segundo o comerciante e diretor da ACIC, Jorge Ayala, não existe um quadro de assistência no município.
“Tenho sido um briguento com o poder público. Me comove ver o estado de abandono desses seres humanos. É uma judiação eles estarem assim jogados. Se você olhar na avenida, eles estão na porta das lojas. Uma gerente de farmácia percebeu e eu pedi ajuda para reclamar. Porque ninguém reclama e parece que está tudo maravilhoso”.
Celia Cedro, presidente ACIC, acredita que o poder público e as secretarias competentes precisam encaminhar esse pessoal para uma ajuda. Seja ela na recuperação de algum vício ou de alguma doença mental.
“Ninguém quer estar jogado daquele jeito que eles estão. Nem um animal, porque hoje eles têm bastante acolhimento. Então é triste ver isso com um ser humano. Eu creio que a cidade tem que ter um local para encaminhar esse pessoal”.
Os representantes da ACIC ainda reiteram que esse acaba sendo um problema econômico. Os comerciantes reclamam da falta de condições para atender o público. Isso porque esses moradores se deitam na porta dos estabelecimentos e inibem o consumidor.
“Quem é que vai sair da sua casa para vir fazer compra em uma loja no qual tem uma situação na porta da loja tão triste para a nossa cidade? Quem é que vai andar na calçada enorme que nós temos se está cheia de morador de rua na porta dos estabelecimentos?”, questiona Jorge.
Buscando por uma solução
Para tentar resolver o problema, a ACIC encaminhou um ofício relatando todos os problemas encontrados tanto por parte dos comerciantes quanto dos moradores em situação de rua. Como resposta, a prefeitura agendou para a próxima segunda-feira, dia 29, uma reunião com o presidente do Conselho da Assistência Social.
“O poder público tem que fazer alguma coisa, porque está difícil. A gente entende que tem muitos que não querem sair da rua. Mas outros não têm nem consciência para saber se quer ficar na rua ou ir para alguma instituição que cuide dele. A família, para os que ainda têm algum contato, chega a uma certa altura que já não tem mais o que fazer”, destaca Celia.
Caso a situação, mesmo após essa reunião não se resolva, a ACIC pretende fazer uma representação no Ministério Público a fim de que a Promotoria de Justiça determine que o município tome as devidas providências.
Em nota, a Prefeitura de Cubatão disse que "de acordo com a Secretaria Municipal de Assistência Social, há dois abrigos abertos e os moradores de rua são convidados a integrar a casa, porém infelizmente alguns preferem continuar na rua".
Fonte: Portal BS9 News
Por Lucas Campos
Redação BS9
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